18 de fev. de 2016

Suspeito de morte de bolivianos em Ceará-Mirim alega inocência


Apontado pela polícia como um dos suspeitos de envolvimento na morte de dois bolivianos assassinados dentro de uma creche na Grande Natal, um mototaxista de 43 anos se apresentou na tarde desta quarta-feira (17) na delegacia de Ceará-Mirim. O homem alegou inocência e disse não ter nenhuma relação com o crime.

De acordo com o chefe de investigações Marcelo Fernandes, o homem disse ter presenciado uma briga entre um dos bolivianos e o outro suspeito identificado pela polícia. O suspeito, que também tem 43 anos, segue foragido. De acordo com o chefe de investigações, a briga teria sido ocasionada por ciúmes, uma vez que os bolivianos estariam conversando com uma mulher que tinha um relacionamento anterior com o foragido. Segundo Fernandes, o boliviano mais novo, Alan Torrez, teria trocado ameaças com o foragido quando este puxou uma arma.

A briga teria acontecido na casa da mulher, localizada a 500 metros da escola infantil aonde os bolivianos foram mortos. Segundo contou Fernandes, o mototaxista teria dito que presenciou a briga, a tentativa de fuga dos bolivianos, após o outro suspeito puxar a arma e a execução, que teria começado fora da creche.

No entanto, de acordo com o advogado do suspeito, Jeorge Ferreira, o mototaxista estava apenas no local quando presenciou o crime. Segundo Ferreira, o homem teria visto a briga, mas não teria presenciado a execução. "Ele não conhecia o outro homem. Está com medo de morrer", explicou. Segundo a Polícia Civil, o outro suspeito, que segue foragido, tem antecedentes criminais.

Após prestar depoimento, o suspeito foi levado até o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) para a realização de um exame de corpo de delito e posteriormente, ainda de acordo com a Polícia Civil, seria liberado para responder em liberdade.

#G1