11 de abr. de 2012

Acorda Ceará-Mirim!

ARTIGO DE CRÉSIO TORRES
Carta aberta aos heróicos “homens de bem” do Ceará-Mirim


por Crésio Torres Jr.
“Há! Se Deus nos desse outro povo!”

Será preciso pedir a Deus que nos dê outro povo? Para que agente pudesse cogitar uma candidatura “Sui generis”, alimentar o sonho de uma candidatura com tendência socialista progressista puro sangue. Uma proposição com frescor virginal, cujos nomes envolvidos, não tivessem nem compromisso, nem o desgaste das más companhias dos caciques de outrora, nem tampouco vícios comuns aos já manjados lobos tradicionais que compõem as sórdidas “matilhas partidárias”, na maioria forasteiros aventureiros com dois “cifrões nos olhos e uma vagina na cabeça”, ávidos capitalistas, aves de rapinas, incontestáveis almas pequenas, usurpadores sanguinolentos do povo sofrido.
         Talvez quando Deus nos der outro povo, ou que os “homens de bem” do vale em parceria com o próprio onipotente, transformasse esse povo, julgado pela crítica e pela história como: Amoral, miserável, alienado, e mercenário integrante de um círculo vicioso que não terá fim, em cidadãos, independentes, honrados e politizados. Com esta parceria, acredito piamente, que esta idealização deixará de serutopia para se tornar uma realidade. Desta maneira, com este milagre supremo, um grupo político de Ceará- mirim de bolsos vazios, “sem bala”, mas de coração recheado de sentimentos nobres, um grupo composto por “homens de bem”, poderia disputar um pleito com grandes chances de vitória, e quem sabe, conquistasse o Palácio Antunes e o sacro-santo legislativo, com as moedas: da dignidade, da coerência e da ética. Mas onde estão os homens de bem?

Onde estão com os “homens de bem do Vale?”

Onde estão com os “homens de bem do Vale”, sem histórico Geraldista, nem Peixotista, e nenhum “ista” ligado ou que já foi abotoado ao vil capital que arruinou a nossa terrinha e ainda martiriza a nossa gente?
Onde estão os “homens de bem”, com fé em Deus e no seu próprio talento revolucionário, e que tem ainda, a hombridade de sair de sua zona de conforto, e que também, se apresentem como candidatos ou colaboradores de um projeto político, na tentativa de mudar a nossa fisionomia político-municipal?

Permitam-me tentar responder:
Alguns, desencantados e desmotivados pela teimosia, alienação e amoralidade de um povo que escolheram fazer triunfar a desonra. Outros destes passivos “homens de bem”, escolheram ser diletantes numa sociedade que precisa da ação emergente dos homens de boa fé, com alto senso de responsabilidade. Em minha opinião, é preciso que os homens dotados de inteligência, moralidade e sabedoria, exerçam a cidadania não só por gosto e eventualmente, como amador, e sim por ofício e obrigação, até por uma questão de “autoproteção”, e para poder de fato transformar para melhor o espaço social em que morta. Faço um apelo aos “homens de bem” do nosso tão sofrido vale: Saiam das poltronas de suas casas, das esquinas, dos mercados, e dos folclóricos “senadinhos” da Seara Pequena, e marchem em busca de espaço nas tribunas das câmaras, procurem os espaços nas instituições representativas do nosso povo, exerçam as suas lideranças e provoquem o bom debate. Sejam a luz dos que vivem na obscuridade, sejam a voz dos que não tem vozes. Ajudem ao nosso povo a se organizar, se educar, e principalmente, a se moralizar. É preciso redefinir os valores desta gente que vive desnorteada dos bons princípios éticos, melhorar o seu equivocado sistema de avaliação, para que ele, o nosso povo, não seja mais presa fácil dos “lobos vorazes de posturas tramenheiras da politicalha  ceará-mirinense e Brasileira. De outra forma, optando pela omissão e distanciamento, meus caros “homens de bem”, os senhores não terão o direito de reclamarem, nem de criticarem ao povo da tão ultrajada terrinha fertilizada a mel, obrigado pela realidade patente a assumir uma postura mais pragmática, ou por pura falta de opção, ou até mesmo, por uma questão de alienação, aliançando-se com os “menos maus”, com nomes que se dizem arrependidos, seduzidos e traídos, ou decepcionados com as velhas e mal fadadas escolhas do passado, figuras  que se julgam vocacionados políticos representantes de significantes fatias sociais, com disposição de luta, e com intuitos de ocuparem e mostrarem que podem com os seus projetos, movidos pelo o “amor a terra”, transformar a dura realidade num conto de fadas, e fazer de fato a diferença. Nomes que querem mostrar a todo custo, que não são “paus que nascem tortos e morrem tortos”, e que pode muito bem se regenerarem e se redimirem, desvinculando-se dos tradicionais e execráveis grupos políticos, dos quais foram aliados no passado, “bem próximo”, grupos que fizeram e ainda fazem tanto mal a nossa gente, assumindo agora, posturas de infantes “salvadores da pátria”.
“É melhor um pecador arrependido, querendo provar com boas ações a sua regeneração, do que um santo omisso, de braços cruzados e indiferentes diante da cruel realidade”.

Crésio Torres Júnior é ator, poeta, autor, cantor, compositor e cidadão de Ceará-Mirim.