20 de out. de 2015

Ceará-Mirim terá primeiro Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Nordeste

O Centro será construído no meio da Mata Atlântica, no Parque Natural Boca da Mata, as margens da BR 406


O Município de Ceará-Mirim, localizado na Região Metropolitana do Rio Grande do Norte, será o primeiro do nordeste a construir um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).
O Centro será construído no meio da Mata Atlântica, no Parque Natural Boca da Mata, as margens da BR 406, em uma área de três hectares cedida pela Prefeitura através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O projeto foi idealizado pela bióloga Rosimeire Dantas, especialista em fauna silvestre, ornitóloga, diretora executiva da organização não governamental Nature Viva Mangue. Elaborado para atuar na preservação da biodiversidade costeira e caatinga, o centro vai acolher aves, mamíferos e répteis da fauna silvestre, apreendidos pelo IBAMA, IDEMA, Secretarias de Meio Ambiente municipais, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e outras instituições.
No Centro de Reabilitação os animais receberão os cuidados, através de avaliação médica por veterinário e biólogos, triagem e condução posterior às respectivas quarentenas, além de ações de educação ambiental nas escolas de Ceará-Mirim e demais municípios. O centro será também local piloto para experiências de reabilitação e soltura com acompanhamento técnico-científico.
Rosimeire Dantas explica que o critério de escolha da cidade e do Parque Natural Boca da Mata, está atrelada ao apoio recebido pela prefeitura local e pelo corpo técnico gestor do Parque Boca da Mata, que fica localizado junto a Floresta Atlântica.
Segundo a bióloga, estima-se que quando estiver em funcionamento, o CRAS estará apto a promover a reabilitação de 800 aves (psitacídeos) por ano, sendo a grande maioria desses animais de origem do cativeiro e tráfego ilegal.
O centro contará com uma estrutura adequada para que funcione da melhor maneira possível. Recepção, sala de acolhimento para os animais, ambulatório, sala de pequenas cirurgias, quarentenas (aves, mamíferos e répteis), gaiolões para reabilitação de voo (papagaios, araras, periquitos e aves de rapina) e alojamento para pesquisadores, fazem parte da estrutura assinada pelo arquiteto Antônio Augusto Junior.
As áreas de solturas serão selecionadas no bioma Mata Atlântica e Caatinga, ambas subavaliação técnica do IBAMA/IDEMA/CRAS.  O Centro contará ainda com cooperações técnico-científico da UFERSA, USP e IFRN de Ceará Mirim.
# Com informações de Nominuto.com