De Felipe Gibson, especial para o Diário de Natal
Um acidente de buggy envolvendo turistas do Rio de Janeiro no último dia 28 de dezembro na praia de Jacumã, litoral Norte, reacende o alerta para a necessidade de prezar pela segurança nos passeios. Independente da experiência e técnica dos bugueiros, a atividade traz riscos e está sujeita a fatalidades, como reconhece o presidente do Sindicato dos Bugueiros Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindbuggy/RN), Paulo Henrique Severo. No caso dos cariocas, duas mulheres, Shirley Figueiredo e Adriana de Lima tiveram ferimentos mais graves. A primeira quebrou três dentes da frente, e a outra fraturou o pulso. As vítimas alegam omissão de socorro por parte do motorista.
O militar da Marinha, Diego Roberto de Lima Martins, que estava no buggy, conta que oito pessoas participavam do passeio em dois veículos. Além dele e da mulher Shirley, um casal os acompanhava. Na frente, em outro carro, duas crianças de 10 e 2 anos, e outro casal. De acordo Diego o acidente aconteceu quando ao entrar na área das dunas, o buggy caiu em um banco de areia. Eram 10h45 no momento do ocorrido. O presidente do Sindibuggy explica que o trecho em que o veículo passou pode ter sido modificado pela ação das caminhonetes 4 x 4, segundo ele, muito comuns na praia de Jacumã.
Para Paulo Henrique Severo, acidentes como esse dependem do bugueiro e das condições do terreno, mas também do comportamento dos passageiros durante o passeio. "É conveniente que fique todo mundo sentado no banco. Muitos vêm relaxados na parte de cima e quando acontece algum incidente acabam caindo do veículo", ressalta. Além disso, o presidente do Sindibuggy afirma que o recomendado é um buggy com três passageiros para que o carro resista bem a armadilhas na areia, como no caso dos cariocas.
Antes de um passeio, o presidente do Sindibuggy conta que é importante saber se o profissional é credenciado, se o bugueiro conta com seguro contra acidentes e observar a caracterização do veículo - os buggys credenciados possuem placa vermelha eadesivos do governo. De acordo com ele, todos os bugueiros pagam um seguro de proteção ao turista, que prevê até R$ 10.000 para cada passageiro em caso de acidente. Se houver sinistro, o valor sobe para R$ 50.000.
Mesmo no caso em que o passageiro já tenha pago por assistência médica e outros gastos, Severo informa que eles podem procurar a Associação dos Proprietários e Condutores de Buggys de Aluguel de Jenipabu (APCBA) para conseguir ressarcimento. "Se deve juntar as notas referentes e levar até para que seja entregue à seguradora", conclui.
Militar alega omissão de socorro e vai apelar para Justiça
O militar Diego Martins contabiliza R$ 3.000 de prejuízo com o acidente. O militar teve de pagar a cirurgia da mulher, que precisou colocar um pino na boca e dar nove pontos em um corte no local, e comprou novas passagens aéreas, pois Shirley ainda não recebeu alta. Ele acusa ainda o bugueiro, chamado Miguel, que realizava o passeio, de ter se omitido a socorrer as vítimas. "A primeira reação dele foi fugir", diz o carioca. Já o presidente do Sindibuggy afirma que o profissional foi buscar ajuda, e que a confusão foi iniciada após a realização de um teste de bafômetro pelo Comando da Polícia Rodoviária Estadual (CPRE).
O teste teria dado positivo, no entanto, outros bugueiros decidiram usar o aparelho para provar que o resultado apontado estava errado. Só após um teste na Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficou comprovado que Miguel não estava alcoolizado. "Nesse meio tempo deu essa confusão toda", diz Paulo Henrique Severo. Por outro lado, Diego Martins conta que ele mesmo teve de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que e os bugueiros se recusaram a explicar a localização para que a polícia chegasse ao ponto do acidente.
O militar acrescenta que as vítimas fizeram exame de corpo delito no Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) e realizaram um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) na delegacia de Ceará-Mirim. Com uma avó morando em Natal, Diego visita Natal há 10 anos e já havia realizado o mesmo passeio de buggy. "Foi uma semana de terror para nós. Eu já tinha feito o passeio, mas o pessoal foi a primeira vez e nem pensa em voltar", afirma. O cabo da Marinha vai entrar na Justiça alegando danos financeiro e moral.
O militar da Marinha, Diego Roberto de Lima Martins, que estava no buggy, conta que oito pessoas participavam do passeio em dois veículos. Além dele e da mulher Shirley, um casal os acompanhava. Na frente, em outro carro, duas crianças de 10 e 2 anos, e outro casal. De acordo Diego o acidente aconteceu quando ao entrar na área das dunas, o buggy caiu em um banco de areia. Eram 10h45 no momento do ocorrido. O presidente do Sindibuggy explica que o trecho em que o veículo passou pode ter sido modificado pela ação das caminhonetes 4 x 4, segundo ele, muito comuns na praia de Jacumã.
Para Paulo Henrique Severo, acidentes como esse dependem do bugueiro e das condições do terreno, mas também do comportamento dos passageiros durante o passeio. "É conveniente que fique todo mundo sentado no banco. Muitos vêm relaxados na parte de cima e quando acontece algum incidente acabam caindo do veículo", ressalta. Além disso, o presidente do Sindibuggy afirma que o recomendado é um buggy com três passageiros para que o carro resista bem a armadilhas na areia, como no caso dos cariocas.
Antes de um passeio, o presidente do Sindibuggy conta que é importante saber se o profissional é credenciado, se o bugueiro conta com seguro contra acidentes e observar a caracterização do veículo - os buggys credenciados possuem placa vermelha eadesivos do governo. De acordo com ele, todos os bugueiros pagam um seguro de proteção ao turista, que prevê até R$ 10.000 para cada passageiro em caso de acidente. Se houver sinistro, o valor sobe para R$ 50.000.
Mesmo no caso em que o passageiro já tenha pago por assistência médica e outros gastos, Severo informa que eles podem procurar a Associação dos Proprietários e Condutores de Buggys de Aluguel de Jenipabu (APCBA) para conseguir ressarcimento. "Se deve juntar as notas referentes e levar até para que seja entregue à seguradora", conclui.
Militar alega omissão de socorro e vai apelar para Justiça
O militar Diego Martins contabiliza R$ 3.000 de prejuízo com o acidente. O militar teve de pagar a cirurgia da mulher, que precisou colocar um pino na boca e dar nove pontos em um corte no local, e comprou novas passagens aéreas, pois Shirley ainda não recebeu alta. Ele acusa ainda o bugueiro, chamado Miguel, que realizava o passeio, de ter se omitido a socorrer as vítimas. "A primeira reação dele foi fugir", diz o carioca. Já o presidente do Sindibuggy afirma que o profissional foi buscar ajuda, e que a confusão foi iniciada após a realização de um teste de bafômetro pelo Comando da Polícia Rodoviária Estadual (CPRE).
O teste teria dado positivo, no entanto, outros bugueiros decidiram usar o aparelho para provar que o resultado apontado estava errado. Só após um teste na Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficou comprovado que Miguel não estava alcoolizado. "Nesse meio tempo deu essa confusão toda", diz Paulo Henrique Severo. Por outro lado, Diego Martins conta que ele mesmo teve de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que e os bugueiros se recusaram a explicar a localização para que a polícia chegasse ao ponto do acidente.
O militar acrescenta que as vítimas fizeram exame de corpo delito no Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) e realizaram um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) na delegacia de Ceará-Mirim. Com uma avó morando em Natal, Diego visita Natal há 10 anos e já havia realizado o mesmo passeio de buggy. "Foi uma semana de terror para nós. Eu já tinha feito o passeio, mas o pessoal foi a primeira vez e nem pensa em voltar", afirma. O cabo da Marinha vai entrar na Justiça alegando danos financeiro e moral.