Morreu na noite deste sábado, em Brasília, o consultor de empresas Eduardo Lago.
Natural de Ceará-Mirim, vivia há muitos anos na capital federal, mas por um período morou em Natal onde atuou como presidente da Sunab, hoje o Ipem.
Lago sempre foi uma pessoa gentil, talvez pelo fato de ser um poeta, frasista…
É autor do livro “O Mundo Também é Feito de Frases”.
Entre as suas poesias, esta em homenagem a sua terra:
CANÇÃO DE CEARÁ-MIRIM
São tão verdes seus vales
Aonde o belo se encerra
É repleta de esplendor
A vida de minha terra.
Sua história de tradições
É mais que um mundo real
Espaços de rara beleza
Lhe compõem o natural.
Há magia e até mistério
Nos encantos que lhe encantam
Tudo quanto ali existe
Outras terras não suplantam.
Pego-me sonhando acordado
Lembrando momentos vividos
E mesmo sem acreditar compreendo
Por que os amores havidos.
Quanto mais o tempo passa
Mais amor eu lhe dedico
E cada vez menos distante
Dessa terra eu sei que fico.
Transborda minha emoção
Quando ando em suas ruas
E vou longe, ao infinito
Vivendo as realidades suas.
E contemplo dos seus altos
As grandezas que lhe enchem
E me faz feliz constatar
Os valores que lhe preenchem.
E se no coração há uma voz
Que lhe grita a existência
O faz com orgulho e vaidade
Oh terra deusa da essência.
Ninguém há de reprovar
Este meu coração egoísta
Que mesmo ao longe não esquece
A terra que sempre avista.
Há um acorde doce e terno
Que ressoa dentro em mim
Entoando uma bela canção,
A maviosa canção de Ceará-Mirim.
Brasília, abril de 1975.
#Thaisa Galvão