"Ele morreu lutando pelos seus ideais, morreu lutando pelo que acreditava. E esse legado de luta, tentando mudar o Brasil, tentando refletir o Brasil, tentando melhorar o Brasil, que o Brasil faça uma reflexão sobre o destino desse país. E Eduardo deixa esse legado de luta", disse Antônio Campos a jornalistas na frente da casa da família, no Recife.
O candidato do PSB, de 49 anos, morreu devido à queda do avião em que estava em Santos, na manhã desta quarta-feira, após ter decolado do Rio de Janeiro em direção ao litoral paulista, onde tinha compromissos de campanha.
Campos, que governou Pernambuco de 2006 a 2014, tinha cerca de 10 por cento das intenções de voto nas pesquisas da corrida presidencial de outubro. Ele se posicionava como um socialista pró-empresários e foi aliado até o ano passado da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição.
Segundo o irmão do candidato, Campos será enterrado no mesmo túmulo do avô, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, que morreu exatamente há nove anos.
Antônio Campos disse ter conversado com o irmão por telefone antes do acidente nesta quarta de manhã e contou que o candidato estava feliz com a "participação positiva" dele na entrevista de terça-feira à noite ao Jornal Nacional, da TV Globo.
(Por Felipe Pontes e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)