Produtores e empresários beneficiados pelas águas da barragem de Poço Branco solicitaram à Agência Nacional de Águas (ANA), aumento da vazão do manancial. Atualmente, o sistema opera com 300 L/s e o aumento solicitado é para que esse volume seja de 450 L/s. No ofício número 422/2018 da ANA, datado de 19 de outubro de 2018, o órgão autoriza, por meio de um termo aditivo, as mudanças necessárias para o ajuste da defluência do açude de Poço Branco para a vazão de 450 L/s.
O ofício da ANA também fala sobre a “necessidade de implantação de sistema de segurança e vigilância, de forma a minimizar a possibilidade de futuras ocorrências de vandalismo – com risco de danos aos equipamentos hidromecânicos da barragem, além dos conflitos associados ao sistema hídrico Açude Poço Branco – Rio Ceará-Mirim”. Foram registradas denúncias de vandalismo nas instalações de controle das descargas da barragem, pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn).
O ofício foi endereçado ao coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) no Estado, José Eduardo Alves Wanderley, e outras pessoas do órgão. De acordo com José Eduardo, a mudança será feita para garantir o aumento. O gestor não precisou a data da realização do aumento da vazão. “Se a ANA recomendou o aumento, nós iremos fazer”, disse José Wanderley.
O rio Ceará-Mirim nasce no município de Lajes e corre até o norte da cidade que leva o seu nome. No meio do caminho, a água é represada em Poço Branco. Essa obra foi construída em 1969 para conter as cheias, mas ganhou outras finalidades ao longo das décadas. Sem plano de gestão da água, as comportas ficaram abertas sem nenhum controle pelo menos nos últimos dez anos.
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