Construção que guarda grandes momentos da história potiguar está abandonado há vários anos. No local, há muitos problemas na estrutura.
Distante apenas 33 km de Natal, Ceará-Mirim guarda verdadeiros tesouros históricos e arquitetônicos. Nossa equipe foi até a cidade conferir a situação do museu Nilo Pereira, espaço que poderia ser uma alternativa para o turismo de interior.
Na chegada, só a placa está em boas condições. O mato toma conta do lugar. A fachada está deteriorada. O casarão, onde deveria funcionar o museu Nilo Pereira, era uma casa de engenho e foi contruída em 1850. O local é de extrema importância para o Rio Grande do Norte, mas, na parte de dentro, o que encontramos é um cenário de completo abandono.
Todas as portas e janelas estão quebradas. No chão, restos de vidros, pedras e mais sujeira. Não há energia elétrica, nem água. O teto de madeira foi tomado pelos cupins e as estruturas de concreto em várias paredes estão comprometidas. Lâmpadas e até madeiras da escadaria foram roubadas. A situação de abandono já dura seis anos.
“É importantíssimo para a cultura de Ceará-Mirim ter esse prédio restaurado. Não vejo por quê não restaurar este prédio. São muitos anos de abandono”, conta o diretor da Fundação Nilo Pereira, Waldeck Araújo.
As fotos registradas na década de 80, mostram a beleza da casa em estilo arquitetônico francês. O lugar guarda uma parte importante da história e da cultura potiguar.
O professor de história Gerinaldo Moura relata: “A importância cultural desse lugar está no fato de o local ter sido a redisência do segundo vice-presidente da província do Rio Grande do Norte, Dr. Vicente Nelson Pereira. Ele era genro do Barão de Ceará-Mirim, casado com D. Isabel Augusta e que recebeu a casa como dote de casamento”.
O professor lembra como era o museu quando esteva em pleno funcionamento: “Aqui (no museu) tinha os móveis antigos que relembravam a época áurea da cana-de-açúcar, tinha um piano de cauda e depois foram acrescentando outros objetos, que não faziam parte do acervo do museu”.
Mesmo com as condições precárias do local, nós encontramos um grupo de estudantes que escolheram o lugar para gravar uma apresentação de dança. Para eles, Ceará-Mirim e o RN perdem por não terem o museu Nilo Pereira restaurado.
“A gente escolheu esse local pela tradição que ele tem e pelo modelo, que representa o começo da história de Ceará-Mirim e porque ele está esquecido” diz o estudante Augusto Cézar Ferreira, que fazia a gravação no local.
Batalha judicial
Parece que o desejo dos estudantes ainda vai demorar para acontecer. Em Natal, o promotor de justiça Antônio Siqueira explica que a briga judicial pela restauração do museu é antiga. Em 2006, o Ministério Público e a Fundação José Augusto assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas nada foi feito.
O promotor de Justiça, Antônio Siqueira, declara: “O MP entrou com uma ação de execução visando coibir a Fundação José Augusto para que preserve aquele patrimônio extraordinário do prédio sede do museu, que é um prédio lindíssimo e também todo o acervo dele, que parte foi furtada e o que resta estava em decomposição, cheia de cupins, etc”.
A multa pelo não cumprimento da restauração do museu já passa dos R$ 36 mil. O presidente da fundação, Crispiniano Neto, disse que ainda não recebeu nenhuma notificação com a decisão do Ministério Público e que, no momento, a fundação não tem recurso para a obra.
“Em 2010, nós não temos no orçamento da fundação, a verba. Porém, aquele TAC, que nós tínhamos assinado com o promotor, ele acionou à justiça e apesar de não ter chegado a notificação de que o juiz está nos condenando a fazer aquilo que é nossa obrigação fazer. Essa condenação, ao invés de nos incomodar, vai nos reforçar, na possibilidade de solicitar os recursos e o governo do Estado conceder o recurso para que se abra a nova licitação”, conclui Crispiniano Neto.
Na chegada, só a placa está em boas condições. O mato toma conta do lugar. A fachada está deteriorada. O casarão, onde deveria funcionar o museu Nilo Pereira, era uma casa de engenho e foi contruída em 1850. O local é de extrema importância para o Rio Grande do Norte, mas, na parte de dentro, o que encontramos é um cenário de completo abandono.
Todas as portas e janelas estão quebradas. No chão, restos de vidros, pedras e mais sujeira. Não há energia elétrica, nem água. O teto de madeira foi tomado pelos cupins e as estruturas de concreto em várias paredes estão comprometidas. Lâmpadas e até madeiras da escadaria foram roubadas. A situação de abandono já dura seis anos.
“É importantíssimo para a cultura de Ceará-Mirim ter esse prédio restaurado. Não vejo por quê não restaurar este prédio. São muitos anos de abandono”, conta o diretor da Fundação Nilo Pereira, Waldeck Araújo.
As fotos registradas na década de 80, mostram a beleza da casa em estilo arquitetônico francês. O lugar guarda uma parte importante da história e da cultura potiguar.
O professor de história Gerinaldo Moura relata: “A importância cultural desse lugar está no fato de o local ter sido a redisência do segundo vice-presidente da província do Rio Grande do Norte, Dr. Vicente Nelson Pereira. Ele era genro do Barão de Ceará-Mirim, casado com D. Isabel Augusta e que recebeu a casa como dote de casamento”.
O professor lembra como era o museu quando esteva em pleno funcionamento: “Aqui (no museu) tinha os móveis antigos que relembravam a época áurea da cana-de-açúcar, tinha um piano de cauda e depois foram acrescentando outros objetos, que não faziam parte do acervo do museu”.
Mesmo com as condições precárias do local, nós encontramos um grupo de estudantes que escolheram o lugar para gravar uma apresentação de dança. Para eles, Ceará-Mirim e o RN perdem por não terem o museu Nilo Pereira restaurado.
“A gente escolheu esse local pela tradição que ele tem e pelo modelo, que representa o começo da história de Ceará-Mirim e porque ele está esquecido” diz o estudante Augusto Cézar Ferreira, que fazia a gravação no local.
Batalha judicial
Parece que o desejo dos estudantes ainda vai demorar para acontecer. Em Natal, o promotor de justiça Antônio Siqueira explica que a briga judicial pela restauração do museu é antiga. Em 2006, o Ministério Público e a Fundação José Augusto assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas nada foi feito.
O promotor de Justiça, Antônio Siqueira, declara: “O MP entrou com uma ação de execução visando coibir a Fundação José Augusto para que preserve aquele patrimônio extraordinário do prédio sede do museu, que é um prédio lindíssimo e também todo o acervo dele, que parte foi furtada e o que resta estava em decomposição, cheia de cupins, etc”.
A multa pelo não cumprimento da restauração do museu já passa dos R$ 36 mil. O presidente da fundação, Crispiniano Neto, disse que ainda não recebeu nenhuma notificação com a decisão do Ministério Público e que, no momento, a fundação não tem recurso para a obra.
“Em 2010, nós não temos no orçamento da fundação, a verba. Porém, aquele TAC, que nós tínhamos assinado com o promotor, ele acionou à justiça e apesar de não ter chegado a notificação de que o juiz está nos condenando a fazer aquilo que é nossa obrigação fazer. Essa condenação, ao invés de nos incomodar, vai nos reforçar, na possibilidade de solicitar os recursos e o governo do Estado conceder o recurso para que se abra a nova licitação”, conclui Crispiniano Neto.
#Blog Fala Ceará-Mirim (www.falacm.zip.net), publicado originalmente em 2010.